Marcelo Weishaupt Proni
(Editor)
Esta edição da Carta Social e do Trabalho é dedicada a dois temas centrais nas linhas de pesquisa que integram a área de Economia Social e do Trabalho, a saber: o mercado de trabalho e a educação. Os dois textos aqui apresentados foram elaborados por pesquisadores do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho – CESIT, e oferecem subsídios importantes para os estudantes e jovens pesquisadores que precisam dominar o uso de fontes de informação e a interpretação de indicadores referentes ao mercado de trabalho e ao padrão de consumo das famílias brasileiras.
O primeiro texto, intitulado “Fontes de informações e indicadores sobre o mercado de trabalho”, foi escrito em parceria por Maria Alice Pestana de Aguiar Remy e Arthur Welle (respectivamente, doutora em Desenvolvimento Econômico pela Unicamp e doutorando em Ciências Econômicas no Instituto de Economia da Unicamp). O propósito é explicar as diferenças entre informações provenientes de registros administrativos e de pesquisas domiciliares, para em seguida apresentar os principais conceitos e os indicadores usualmente utilizados em estudos que analisam a evolução conjuntural e as tendências do mercado de trabalho no Brasil.
O segundo texto, “Gastos das famílias em educação nos anos 2000: tempos de bonança?”, de autoria de Maria Alice Pestana de Aguiar Remy, se baseia na sua tese de doutorado em Desenvolvimento Econômico, defendida em 2014. O artigo mostra como os dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares – POF (IBGE) permitem examinar as desigualdades sociais a partir da ótica do consumo – nesse caso, colocando o foco no gasto com educação.