Com a divulgação dos dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) de 2016, completam-se dez anos desde que, em 2007, o Ministério do Trabalho passou a difundir as informações deste levantamento incluindo a variável correspondente aos vínculos empregatícios exercidos por pessoas com deficiência (física, auditiva, visual e intelectual) e reabilitados pelo Instituto Nacional da Previdência Social (INSS). Assim sendo, é possível traçar um panorama mais consistente das características e tendências do emprego formal deste grupo populacional no período em questão.
Para tanto, neste artigo apresenta-se, em primeiro lugar, a variação bruta e percentual dos vínculos formais das pessoas com deficiência, entre 2007 e 2016, em comparação aos demais trabalhadores. Na sequência, utilizam-se os dados pelo tipo de deficiência para apurar características próprias da inserção desse segmento em termos da frequência relativa de cada grupo.
Antes, porém, são necessárias breves considerações sobre as RAIS e as particularidades que envolvem a variável “deficiência” na base de dados deste inquérito administrativo.