Waldir Quadros
A divulgação pelo IBGE dos dados da PNAD de 2015 revelou um sério retrocesso na estrutura social da população brasileira.
Examinando a evolução após 2004, verifica-se em 2012 o desempenho mais favorável até então: a Alta e Média classes médias alcançam suas participações mais expressivas; a Massa trabalhadora (pobres) e os Miseráveis, os níveis mais reduzidos.
Em 2013, os primeiros recuos, afastados em 2014 para retornarem com força em 2015. Neste último ano, as participações das duas camadas melhor situadas voltam aos patamares de 2013. Nas duas mais vulneráveis, aos níveis de 2012.
Tomando como base de comparação a situação de 2012, podemos ter uma visão mais clara do retrocesso em 2015 examinando o número absoluto de pessoas envolvidas
Como se verifica no triênio 2012-2015, o crescimento do desemprego total em 2015 dispensa maiores demonstrações de sua gravidade, afetando 2,8 milhões de pessoas em idade ativa.
Por outro lado, e como era de esperar, as três camadas inferiores concentram a maior parte deste contingente, sobressaindo a situação das famílias da Baixa Classe Média, com um milhão de novos desempregados, e da Massa Trabalhadora, com mais de 900 mil.
Merece enfatizar, mais uma vez, que este desempenho do desemprego é que “puxa” as famílias para as posições inferiores na estrutura social.