Reduzir peso do trabalho da casa sobre mulheres é incompatível com ajuste fiscal, diz pesquisadora

Foto: Pedro França/Agência Brasil

Brasil de Fato | Vinicius Konchinski

As mulheres brasileiras mudaram significativamente sua participação no mercado de trabalho nos últimos 50 anos. Entre as décadas de 1960 e 1970, só 25% delas tinham um emprego. Hoje, são quase 55%.

No âmbito profissional, porém, elas ainda enfrentam problemas históricos, como salários mais baixos. Parte disso acontece por conta da discriminação contra as trabalhadoras e também porque parte delas não consegue construir uma carreira já que, além de cumprir tarefas profissionais, precisa se responsabilizar por afazeres domésticos.

A professora e pesquisadora Marilane Teixeira, do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho (Cesit) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), disse que a ampliação de uma rede estatal de cuidados tende a abrir espaço para a ascensão profissional de mais mulheres. Segundo ela, a falta de creches e centros para cuidados de idosos aumenta a pressão do serviço doméstico sobre as trabalhadoras.

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