José Dari Krein e Bárbara Castro | Publicado pela Friedrich Ebert Stiftung Brasil
Este artigo analisa como mulheres e homens se inserem no mercado de trabalho, observando as modalidades de contratação nos seguintes aspectos: 1) a facilidade de romper o contrato de emprego, 2) a possibilidade de utilização de contratos a prazo determinado; 3) a relação de emprego disfarçada; 4) a terceirização.
A desigualdade não aparece somente na forma de remuneração ou na distribuição dos cargos, mas tem múltiplas manifestações, entre as quais está a forma de inserção das mulheres no mercado de trabalho.
O artigo parte do pressuposto que, entre 2004 e 2013, há um movimento contraditório no mercado de trabalho articulado com a divisão sexual do trabalho. Por um lado, ocorreram melhoras nos indicadores em relação à elevação da formalização e da renda do trabalho e uma queda do desemprego. Por outro, as tendências de fl exibilização continuaram presentes, especialmente pelas caraterísticas da organização do trabalho no capitalismo contemporâneo.
As mulheres são impactadas de maneira desigual neste processo. A hipótese é de que apesar da melhora de alguns indicadores, há também a reafi rmação da insegurança e da precariedade das mulheres no mercado de trabalho.